A operação de combate à exploração sexual infantil resultou em 18 estabelecimentos notificados, três prisões de adultos e 79 crianças e adolescentes resgatados. As prisões foram do dono do bar e funcionário na festa no bairro Vale Quem Tem, zona Leste de Teresina e outro proprietário de bar na avenida Maria Antonieta Burlamarqui, no bairro Samapi. Cerca de 90% dos flagrantes foram venda de bebida alcoólica para menores.
A operação
Parador contou com a presença de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF),
Conselhos Tutelares, Coordenadoria de Direitos Humanos da prefeitura de
Teresina, Policias Militar e Civil. A operação ocorreu entre os dias 2 e 18 de
maio em todo o Piauí.
Segundo o
coronel James Sean, comandante do Policiamento Especializado da PMPI, os
estabelecimentos eram casas de shows e bares, que permitiam a presença de
crianças e adolescentes sem responsáveis e até a venda de bebida
alcoólica.
“Essas
situações, em razão dos ambientes encontrados, não encontramos a ideia da
exploração, mas a vulnerabilidade da criança e do adolescente em permanecerem
nestes locais”, destacou o coronel.
Nesses
locais, os agentes que trabalharam na operação encontraram crianças e
adolescentes com idades que variam de 11 a 17 anos.
“Fizemos a
operação nos demais municípios do Estado, principalmente onde havia mais chance
de haver abuso contra nossas crianças e adolescentes. Através do trabalho da
inteligência da PM, PRF e pelos Conselho Tutelares conseguimos obter êxito”,
destacou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal no Piauí, Danilo Teive.
Além dos
estabelecimentos notificados e das prisões efetuadas, a operação ainda abordou
quase 1.700 mil pessoas nas rodovias federais, estaduais e nos estabelecimentos
fiscalizados.
“E isso nos
permitiu atacar de maneira mais cirúrgica nesses pontos onde a exploração era
mais passível de acontecer”, completou o coronel James Sean.
Ao todo, 130
estabelecimentos foram fiscalizados em todo o Piauí.
Os pais das
crianças e dos adolescentes encontrados em situações de vulnerabilidade foram
notificados e, se o caso voltar a se repetir, eles podem perder a guarda da
criança ou do adolescente.
“Nós tivemos
esse caso onde mais de 70 jovens foram encontrados em uma festa que foram conduzidos
à Central de Flagrantes para os pais buscarem seus filhos. Aqueles que não
foram, a Secretaria deixou em casa e também foram notificados esses pais para
que possam responder perante o Conselho Tutelar e posteriormente ao Ministério
Público”, frisou André Santos, gerente de Direitos Humanos da Semcaspi.
Fonte: Meio Norte
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