A Polícia Federal, em parceria com a CGINT (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23/9), a Operação RAQUE, com o fim de desarticular associação criminosa especializada na obtenção de vantagens ilícitas decorrentes de fraudes na obtenção de benefícios da espécie auxílio-doença.
A
Operação mobilizou mais de 20 policiais federais para o cumprimento de oito mandados
judiciais, sendo cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária,
todos expedidos pela subseção Judiciária Federal de Parnaíba/PI. Os mandados judiciais
foram cumpridos nos municípios de Parnaíba/PI, Camocim/CE e Chaval/CE.
A
pedido da Polícia Federal, foi determinada a suspensão judicial de 56
benefícios ainda ativos que, caso não suspensos, poderiam provocar um prejuízo
potencial superior a R$ 880 mil ao INSS.
No
decorrer das investigações, foram identificados 386 benefícios por incapacidade
temporária (auxílio-doença) supostamente atrelados à associação criminosa e com
fortes indícios de fraude. O prejuízo efetivo ao INSS, até o momento, é de mais
de R$ 20 milhões.
Ainda
por solicitação da Polícia Federal, foi determinado o bloqueio judicial das
contas bancárias dos CPFs de três pessoas envolvidas nas fraudes identificadas
e o afastamento de dois servidores públicos do INSS de suas funções.
O
nome RAQUE, que significa “coluna vertebral”, foi escolhido pelo fato de os
investigados utilizarem doenças na coluna como motivo para concessão dos
benefícios fraudados.
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