quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Preso 7º suspeito de m0rte em 'Tribunal do Crime' e caso tem reviravolta

 O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um novo inquérito policial que apura a morte de Maria Camila Ferreira Silva, 16 anos, executada em Teresina em uma espécie de Tribunal do Crime, em abril deste ano.


Nesta segunda-feira (08), o sétimo suspeito foi preso e houve uma reviravolta no caso. Até o momento, a linha de investigação apontava para disputa de facções como motivo do crime. Contudo, foi levantada uma segunda linha de investigação que aponta para a hipótese de vingança uma vez que Maria Camila teria mandado matar o ex-namorado, Luan Américo, em 2021, porque ele pôs fim ao relacionamento amoroso entre os dois.  

"O Luan tinha um envolvimento amoroso com Camila e em determinado momento ele decidiu não mais permanecer com ela. Daí o Luan passou a se relacionar com outra pessoa e a Camila enfurecida, segundo as investigações, exigiu da facção, na qual ela era integrante, que eliminasse o Luan. Na madrugada do dia 01 de novembro, o Luan estava dormindo com a atual companheira, rival da Camila, quando teve a residência invadida por três indivíduos, um deles era o Jonas", explica o delegado Danúbio Dias, do DHPP. 

O suspeito identificado como Jonas da Conceição, que teria sido recrutado por Camila para matar seu ex-namorado, foi preso nesta segunda-feira (08). Com a descoberta, um novo inquérito foi aberto para investigar o grupo envolvido na morte de Camila e apontar a real causa da execução da adolescente. 

SETE PRESOS

Paralela a investigação que aponta Camila como mandante do assassinato do ex-namorado, o DHPP avança em relação às prisões de faccionados envolvidos na execução da adolescente. No domingo (07), foi preso o sétimo suspeito de envolvimento no Tribunal do Crime. 

Pedro Henrique já responde por tráfico de drogas e é irmão da suspeita conhecida como "Bibi Perigosa" que teria liderado a sessão do Tribunal do Crime que resultou na morte da adolescente. Nesta linha de investigação, o assassinato teria sido motivado porque a vítima teria feito uma tatuagem em uma parte íntima em alusão ao Bonde dos 40, facção criminosa rival ao PCC. Dos sete presos, cinco são mulheres.

"Mais um envolvido e as investigações vão apontar quem mais está envolvido. Foi instaurado um novo inquérito para chegarmos aos nomes dos demais envolvidos nesse Tribunal do Crime que a Maria Camila foi submetida",  disse Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP.

Fonte: Cidade Verde

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