O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu um novo inquérito policial que apura a morte de Maria Camila Ferreira Silva, 16 anos, executada em Teresina em uma espécie de Tribunal do Crime, em abril deste ano.
Nesta
segunda-feira (08), o sétimo suspeito foi preso e houve uma reviravolta no
caso. Até o momento, a linha de investigação apontava para disputa de facções
como motivo do crime. Contudo, foi levantada uma segunda linha de investigação
que aponta para a hipótese de vingança uma vez que Maria Camila teria mandado
matar o ex-namorado, Luan Américo, em 2021, porque ele pôs fim ao
relacionamento amoroso entre os dois.
"O Luan
tinha um envolvimento amoroso com Camila e em determinado momento ele decidiu
não mais permanecer com ela. Daí o Luan passou a se relacionar com outra pessoa
e a Camila enfurecida, segundo as investigações, exigiu da facção, na qual ela
era integrante, que eliminasse o Luan. Na madrugada do dia 01 de novembro, o
Luan estava dormindo com a atual companheira, rival da Camila, quando teve a
residência invadida por três indivíduos, um deles era o Jonas", explica o
delegado Danúbio Dias, do DHPP.
O suspeito identificado
como Jonas da Conceição, que teria sido recrutado por Camila para matar seu
ex-namorado, foi preso nesta segunda-feira (08). Com a descoberta, um novo
inquérito foi aberto para investigar o grupo envolvido na morte de Camila e
apontar a real causa da execução da adolescente.
SETE PRESOS
Paralela a
investigação que aponta Camila como mandante do assassinato do ex-namorado, o
DHPP avança em relação às prisões de faccionados envolvidos na execução da
adolescente. No domingo (07), foi preso o sétimo suspeito de envolvimento no
Tribunal do Crime.
Pedro
Henrique já responde por tráfico de drogas e é irmão da suspeita conhecida como
"Bibi Perigosa" que teria liderado a sessão do Tribunal do Crime que
resultou na morte da adolescente. Nesta linha de investigação, o assassinato
teria sido motivado porque a vítima teria feito uma tatuagem em uma parte
íntima em alusão ao Bonde dos 40, facção criminosa rival ao PCC. Dos sete
presos, cinco são mulheres.
"Mais um envolvido e as investigações
vão apontar quem mais está envolvido. Foi instaurado um novo inquérito para
chegarmos aos nomes dos demais envolvidos nesse Tribunal do Crime que a Maria
Camila foi submetida", disse Nathália Figueiredo, do Núcleo de
Feminicídio do DHPP.
Fonte: Cidade Verde
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