A criança de 11 anos,
grávida de gêmeos após ser estuprada, realizou o procedimento de aborto na
maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina. A informação foi confirmada pelo
promotor José William Pereira Luz, que acompanha o caso.
De acordo
com o promotor, a menina segue tendo o acompanhamento médico psicológico e do
Ministério Público Estadual. O promotor também preferiu não informar a data em
que o procedimento foi realizado.
“Foi feito
seguindo todos os procedimentos legais. A criança está sendo acompanhada, como
vem sendo acompanhada durante todas as fases e continuará sendo assistida pelos
serviços de acompanhamento médico psicológico e também com toda a assessoria
prestada pelo Ministério Público com a orientações técnicas necessárias”, disse
José William.
José William
acrescentou que houve a recomendação técnica para interrupção da gestação da
menor, após as equipes médicas e psicológicas constatarem que não havia
condições da criança manter a gravidez. Também foi determinado que a
maternidade Dona Evagelina Rosa fizesse o procedimento de acompanhamento psicológico
da vítima que estava com 12 semanas de gestação.
“Nem as
equipes médicas, nem psicológicas recomendaram a continuidade da gravidez,
estamos falando de uma menor de 11 anos, ainda é uma criança. Então ela não
tinha condições médicas, condições físicas e nem psicológicas de levar a frente
essa gravidez, por isso que houve a recomendação técnica para realização da
interrupção da gravidez”, disse.
O promotor
destacou ainda que o procedimento foi realizado respeitando a vontade da vítima
e dos familiares e de acordo com a orientações do acompanhamento psicológico.
“O
Ministério Público encaminhou a menor para acompanhamento médico psicológico,
durante o procedimento, nós seguimos todos os ritos previstos tanto na lei,
como nas notas técnicas do Ministério da Saúde, por isso que não é a questão de
demora para realizar o procedimento, ele é feito no prazo certo, nem de forma
sodada, nem de forma protelatória, ele é feito no tempo certo, desde quando é
feito todas as fases de acompanhamento médico psicológico para saber o momento
certo e primeiro para saber se a vítimas e os familiares tem interesse em fazer
o procedimento”, ressaltou José William.
Prisão
O padrasto
da menina, um homem de 35 anos, foi preso no último dia 06 de junho como
principal suspeito pelos abusos sexuais. Segundo o delegado Felipe Andrade,
responsável pelas investigações do caso, o homem mantinha um relacionamento com
a mãe da vítima há cerca de um ano, e aproveitava sua ausência para cometer os
abusos sexuais.
"A mãe começou a perceber comportamentos estranhos da criança. Ela a indagava, mas a filha sempre ficava na defensiva, pois ela estava sendo ameaçada. Acabou que a mãe tomou conhecimento, foi conversar com o autor do estupro e ele a ameaçou. Ela saiu de casa e denunciou o caso", informou o delegado Felipe Andrade.
Fonte: Cidade Verde
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