sábado, 23 de abril de 2022

Professor é suspeito de estuprar menino de 8 anos

A mãe que denunciou um professor de uma escola da rede municipal, localizada no bairro Angelim, zona Sul de Teresina, por estupro e violência física contra o seu filho, reclama da falta de assistência dos órgãos públicos à criança e a família após prestar queixa do caso à polícia. 

Imagem Ilustrativa

As violências físicas e sexuais teriam acontecido no último dia 25 de março, quando a criança ainda tinha apenas oito anos de idade. A mãe conta que naquela ocasião notou a mudança de comportamento do filho ao retornar da escola.

“Nesse dia ele já veio do colégio calado, triste, sem falar. Só tirou o tênis e deitou e ficou calado durante três dias. Não comia mais, não queria saber de nada, só ficar deitado e dormindo”, lembrou a matriarca.

“Ele tampava a boquinha, não falava muito. Eu via o machucado na boca mas pensava que era briguinha de colégio. Numa noite ele disse que o bumbum estava doendo, foi quando percebi que ele tinha sido violentado”, completou a mãe. 

Ainda assim, a criança só confirmou ter sofrido violência física e sexual para uma irmã, que não mora com a família. Segundo a mãe, além de receio de eventuais reclamações dos pais, o filho sofria uma série de ameaças por parte do professor.

“Ele confessou pra irmã, pois ele tava com medo de falar para gente pensando que íamos brigar com ele. O professor falava que se ele contasse para mim ou para o pai iria fazer maldade comigo, me matar. Por isso ele não me falou, ficou com medo”, enfatizou.

Logo após a criança revelar as agressões, a família registrou boletim de ocorrência contra o professor na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que solicitou um exame de corpo e delito e segue investigando o caso.

A escola

Assim que o caso veio a público, a Semec emitiu uma nota comunicando o afastamento do professor e anunciando que estava tomando todas as medidas cabíveis para apurar a denúncia contra o educador. Confira o comunicado na íntegra:

Nota

A Semec informa que já tomou todas as providências cabíveis, dentre elas afastando o professor investigado e resguardando os demais docentes e discentes, bem como à família.

Qualquer outra informação sobre o inquérito deve ser com o DPCA.

A família da criança, no entanto, contesta a informação dada pela secretaria. Segundo a mãe, nem o órgão nem a escola tomaram providências em relação ao professor, mesmo após serem alertados sobre toda a situação. 

“Ele [a criança] contou para uma professora, que não fez nada. Só disse que ia conversar com o professor. Até agora a escola não disse nada pra mim, não deu nenhum suporte para a gente”, reclamou a mulher. 

Revoltada com a condição em que o filho se encontra hoje, a mãe cobra uma punição ao suspeito agressor. “Quero justiça, que ele vá preso, mas até agora eu não vejo resposta. Ele tá solto ainda, ninguém sabe nada dele”, finalizou.

Fonte: Cidade Verde

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