A mãe que denunciou um professor de uma escola da rede municipal, localizada no bairro Angelim, zona Sul de Teresina, por estupro e violência física contra o seu filho, reclama da falta de assistência dos órgãos públicos à criança e a família após prestar queixa do caso à polícia.
Imagem Ilustrativa |
As violências físicas e sexuais teriam acontecido no último dia 25 de
março, quando a criança ainda tinha apenas oito anos de idade. A mãe conta que
naquela ocasião notou a mudança de comportamento do filho ao retornar da
escola.
“Nesse dia ele já veio do colégio calado, triste, sem falar. Só tirou o
tênis e deitou e ficou calado durante três dias. Não comia mais, não queria
saber de nada, só ficar deitado e dormindo”, lembrou a matriarca.
“Ele tampava a boquinha, não falava muito. Eu via o machucado na boca
mas pensava que era briguinha de colégio. Numa noite ele disse que o bumbum
estava doendo, foi quando percebi que ele tinha sido violentado”, completou a
mãe.
“Ele confessou pra irmã, pois ele tava com medo de falar para gente
pensando que íamos brigar com ele. O professor falava que se ele contasse para
mim ou para o pai iria fazer maldade comigo, me matar. Por isso ele não me
falou, ficou com medo”, enfatizou.
Logo após a criança revelar as agressões, a família registrou boletim de
ocorrência contra o professor na Delegacia de Proteção à Criança e ao
Adolescente (DPCA), que solicitou um exame de corpo e delito e segue
investigando o caso.
A escola
Assim que o caso veio a público, a Semec emitiu uma nota comunicando o
afastamento do professor e anunciando que estava tomando todas as medidas
cabíveis para apurar a denúncia contra o educador. Confira o comunicado na
íntegra:
Nota
A Semec informa que já tomou todas as providências cabíveis, dentre elas
afastando o professor investigado e resguardando os demais docentes e discentes,
bem como à família.
Qualquer outra informação sobre o
inquérito deve ser com o DPCA.
A família da criança, no entanto, contesta a informação dada pela
secretaria. Segundo a mãe, nem o órgão nem a escola tomaram providências em
relação ao professor, mesmo após serem alertados sobre toda a situação.
“Ele [a criança] contou para uma professora, que não fez nada. Só disse
que ia conversar com o professor. Até agora a escola não disse nada pra mim,
não deu nenhum suporte para a gente”, reclamou a mulher.
Revoltada com a condição em que o filho se encontra hoje, a mãe cobra
uma punição ao suspeito agressor. “Quero justiça, que ele vá preso, mas até
agora eu não vejo resposta. Ele tá solto ainda, ninguém sabe nada dele”,
finalizou.
Fonte: Cidade Verde
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