Casais
heterossexuais têm direito à licença quando o filho chega, quando
precisam cuidar do companheiro ou quando casam. Casais homossexuais
também.
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Primeiro casamento gay em praça pública em Teresina.
(Foto Efrém Ribeiro)
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No Brasil, 120 mil
pessoas vivem uma relação homoafetiva estável. O dado é do último censo
do IBGE e suscita questões importantes: Quais são os benefícios
trabalhistas desses 60 mil casais? Estarão eles garantidos ou pelo menos
previstos na CLT ou no estatuto do servidor público?
O fato é que, para além da pena
de morte, é possível aos casais homoafetivos conseguirem licença por
motivo de doença do companheiro (a), por adoção ou até mesmo por
matrimônio, entre outros. Poucas pessoas sabem disso, outras sabem mas
não reivindicam e, por isso, acabam perdendo muitas vantagens, mas todos
os direitos previstos em lei para os casais com união estável servem
para os casais do mesmo sexo.
Isso acontece porque, em maio de
2011, o Supremo Tribunal Federal equiparou as uniões homoafetivas com
as uniões estáveis heterossexuais. Em Teresina, mesmo antes da decisão
do STF, vários homossexuais já conseguiam desfrutar de alguns desses
direitos.
É o caso da
servidora pública Lúcia Quitéria Costa, que gozou 15 dias de licença,
autorizada pelo IPMT, para acompanhar a companheira, que se recuperava
de uma cirurgia. Atualmente, Lúcia encontra-se novamente de licença por
problemas de saúde da companheira.
Outro caso aconteceu em 2010,
quando o Matizes fez uma solenidade coletiva para registro de união
estável de pessoas do mesmo sexo, da qual participaram 05 casais. Dois
deles conseguiram ausência do trabalho por motivo de matrimônio.
Segundo Marinalva Santana,
diretora do Matizes, o problema maior está no desconhecimento ou no medo
de reivindicar. “Ou seja, nem sabemos se os patrões de fato iriam
resistir para garantir os benefícios. O que percebemos é que poucas
pessoas buscam os direitos que possuem”.
17 de maio: Dia Internacional contra homofobia
Nesta
quinta, o mundo inteiro comemora o dia de luta contra a homofobia. A
data foi oficializada em 17 de maio de 1990, quando a assembleia geral
da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou a retirada do termo
"homossexualismo" da Classificação Internacional de Doenças, e declarou
oficialmente que "a homossexualidade não constitui doença, nem
distúrbio".
Desde então, esse dia é
utilizado pelos movimentos LGBT para chamar a atenção das pessoas,
principalmente de autoridades públicas e políticas, para a necessidade
cada vez mais urgente de combater e exterminar a homofobia em suas mais
diferentes formas de manifestação e ação (homofobia, lesbofobia e
transfobia).
Em Teresina, hoje, o Grupo
Matizes realiza o espetáculo musical "Teresina é de Todas as
Diversidades". O evento marca a reabertura do Boca da Noite, que será
palco para 11 artistas locais, entre eles Roraima, Batuque Elétrico,
Vagner Ribeiro e Fátima Castelo Branco. Na quinta-feira, haverá um
debate na UESPI com o tema: O papel dos movimentos sociais no combate à
homofobia".
Fonte: Nayara Felizardo
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